segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

DIAS TRANQÜILOS e AGITOS

Já há um clima no Vale. A labuta da preparação para arrumar a casa antes da chegada das visitas. Acontece é coisa neste Capão. Nesta semana tivemos um encontro de Yoga, que foi bastante elogiado, agora nos próximos dias teremos o festival de Jazz que, se for metade do que foi no ano passado já será maravilhoso, mas com certeza será o dobro, porque os organizadores são pessoas cuidadosas e competentes. Depois teremos um encontro de artes do circo e no final de março outro encontro relacionado com o circo. Ninguém pode dizer que a vida no Vale do Capão é desprovida de atividades. Aqui neste lugar, há lugar para aquele que apenas quer contemplar, olhar as serras, o caminhar das nuvens, a competência do sol em construir cores na vegetação e nas rochas; há espaço para quem quer correr mundo, visitar os recorridos das montanhas, perscrutar suas fissuras, buracos, descobrir platôs, acompanhar rios, observar os locais em que a água se engruna, ver lá do alto, nos picos o movimento dos pássaros e divisar distante horizontes de serras, novas terras; há pouso também para quem se afeiçoou à cultura e se agrada com capoeira (2 grupos, Angola e Regional), artes circenses (temos inclusive escola de circo), coral, grupo de teatro, lugares para conversar sobre literatura, cinema etc. pois há restaurantes pensados para isso, com apresentação de cinema... Há muita coisa, às vezes dá dúvida quanto ao que fazer ou aonde ir, por muita opção que há.
Há ônus para os moradores desse movimento. Algumas vezes cansa a ida e vinda de motoboys, alguns visitantes são pessoas desagradáveis que deixam de respeitar os hábitos e a rotina local. Esquecem que todos despertamos cedo para trabalhar e fazem farra até muito tarde, com muito barulho e dessa maneira incomodam sobremaneira. Outros, que aqui aportam buscando a paz, trazem aparelhagem de som que mantêm no máximo volume ou resolvem gritar... Por sorte não passa de uma minoria, embora bastante incômoda.
Inda assim, conversava com uma senhora em um período de entressafra de atividades turísticas e disse pra ela que estavam bons aqueles dias tranqüilos. Ela fez um bico e disse que gostava do Vale do Capão cheio de gente, que para ela os tempos de antigamente eram uma “nojeira”, sem ter o que fazer nem nada pra olhar. Achei isso muito engraçado, pois não esperava que os idosos quisessem agitação.
Recebam um abraço agitado de Aureo Augusto

2 comentários:

  1. Festival de Jazz ... Uuhu!!! estarei aí de 10 a 14 de fevereiro! Até Lá!

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  2. Como a vida é engraçada, né? Adorei essa senhora, porque ela gosta de novidade!

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