sexta-feira, 24 de setembro de 2010

CANTOS ALANTEJANOS e CAETANO VELOSO

Assunção, a simpática vice-reitora da Universidade de Évora nos levou (Cybele e eu) a participar de um grupo de cantos alentejanos. No Alentejo antigamente quando as pessoas estavam no campo trabalhando, nas tabernas ou nas festas, cantavam músicas folclóricas. Algo semelhante ao que se passa na Bahia, com o samba de roda e outras manifestações musicais. Com o evoluir da sociedade estas músicas correram o risco de se perder e alguns amantes daquele costume se reuniram para preserva-los. Felizmente os jovens estão voltando a se interessar e há uma possibilidade de renascimento deste costume. Chegamos e já tinha começado. Um senhor de bigodes amplos e bela voz puxava os cantos e os demais (incluindo os visitantes se inseriam uma vez que recebiam uma apostila com as letras) acompanhavam. Quando acabava uma música o líder, Sr. Manoel Joaquim, perguntava que música o grupo queria cantar e alguém dizia um número e todos iam àquela música e começava a cantoria. As músicas deliciosas, com letras que variavam da ingenuidade mais pura a uma terna malícia, ou romantismo exaltado. No dia seguinte estávamos em um grupo, almoçando e conversando sobre os cantos. Então falei para o grupo que na Bahia há um cantor, Caetano Veloso, que eu tinha certeza de que ele iria adorar aqueles cantos. Todos me olharam espantados e começaram a rir. Então me explicaram que Caetano Veloso é do mundo e não da Bahia apenas. Para minha surpresa conheciam Caetano a fundo (aliás, ao entrar em uma casa estava tocando justo ele, por coincidência). Não esperava que conhecessem tanto. Ficaram bem felizes quando lhes disse da possibilidade de ele gostar daquelas músicas e considerei que muitas das músicas que ele canta ou cantou são extraídas do folclore e que lhes proporcionava uma roupagem cujos resultados eram maravilhosos. Em segundos a Bahia alcançou esta distante Évora, graças à voz de um de seus filhos.
Espero que os cantos alentejanos se tornem conhecidos, tanto quanto a nossa capoeira. Ocorre-me que alguns deles estão na origem de algumas das nossas músicas, já que sangue português está em nossas brasileiras veias e também penso que conhecer, contatar, com as tradições nos enriquece a alma.
Aliás, Assunção comentou algo que merece contemplação ao dizer que quando viajamos conhecemos melhora ainda o nosso lugar de origem e aí está uma verdade.
Recebam um abraço cantado.
Aureo Augusto

12 comentários:

  1. que lindo saber que o querido Cae é tão conhecido em terras portuguesas!!

    ResponderExcluir
  2. Eu tenho até vergonha de comentar mas eu não consigo me emocionar com Caetano. É incrivel.

    Eu sou daquelas que chora de emoção ao ouvir uma música tocada, cantada ou instrumentada.

    Mas o mano Caê......é difícil.Eu adoro a mãe dele, já estive com ela pessoalmente e me emocionei com ela.

    Sou fanzona de Fagner, Beto Guedes, Lô Borges, Elomar, Xangai, Geraldo Azevedo, Elba, Gonzaguinha, Gonzagão, no time brasileiro e YANNI, ENYA, SACRED SPIRITS, NICHOLAS GUNN, KITARO, GREGORIAN, SARAH BRIGTHMAN E MUITOS OUTROS.

    Mas Caê, Gil e toda a turma do Axé eu chego a deprimir.

    Sou normal ou estou fora dos padrões? rsrsrsrsr.

    Abraços e continui postando.

    ResponderExcluir
  3. Fico com Lilia, amo CAetano. Acho que ele é um gênio, e como tal, de vez em qdo fala umas besteiras espantosas. Mas gosto demais de escuta-lo. Mas, Jussiara, Gil, Cae, Betânia etc. não são Axé, que é um fenômeno bem posterior a eles.
    Beijos pras duas

    ResponderExcluir
  4. Eu sei que eles não são Axés (que eu tremo só de pensar).

    Eu entendo que ele é um gênio e nem me importo com os besterós que ele fala.

    A questão é minha mesmo, eu devo confessar e até assumir publicamente, como eu faço agora.

    Simplesmente ele não me emociona. Não tem uma música dele sequer que me deixe arrepiada.

    Claro que o problema é meu, exclusivamente, meu mas é o que eu sinto.

    E como excluida da caetanidade, deixo o meu abraço para você, boa viagem e continue postando ...rsrsrsrsrrsrs

    ResponderExcluir
  5. Concordo Áureo mas o meu amor por Cae é daqueles amores que nada mais consegue abalar. Ele É infinitamente. Concordo quanto às bobagens que ele diz ou polemiza uma coisa é vc. escrever outra é vc. falar e às vezes falamos bobagens, como as crianças mas nada tão sério...Enfim... a minha Caetanice vem de longas datas e é e sempre será.abraços

    ResponderExcluir
  6. Compreendo a fala de Jussiara. Minha mãe ama Roberto Carlos. Já eu, nem ligo. NO entanto, no quesito CAetano Veloso, sou igual a Lília. Ainda bem que somos todos diferentes, não é mesmo?
    Beijos.

    ResponderExcluir
  7. É, e isto é lindo! esta diversidade, eu adoro Roberto em sua fase mais romântica, aliás, tenho ouvido muito Roberto ultimamente, principalmente depois do show "Elas cantam Roberto" onde a queridíssima e grandiosa atriz Marília Pera arrasou naquela música...acho que o nome é a 120 por hora.. Vou parar de pensar em você para prestar atenção na estrada...Belíssimo Marília se superou não precisa fazer mais nada!!!uau! como sou exagerada! Ela é demais! Adoro ouvir o CD "O Inimitável" no carro e bem alto hoje diriam que é brega mas fico com o romântico é lindo!!Concordo com sua mãe.Abraços

    ResponderExcluir
  8. A coroa velha (ou seja, minha mãe) costuma ter razão!
    Um beijo Lília,

    ResponderExcluir
  9. Uma pena vc. ser tão preconceituoso, um cara que me parece culto e, perceba que não significa inteligente, os filhos homens são assim, quando estão envelhecendo e perdendo o que eles sempre consideraram como principal, sua macheza. As filhas mulheres costumam nos achar sempre jovens e lindas, entendo o seu subtexto mas ele não me atinge pois venho de uma geração que sabe que não vai envelhecer, vai morrer. E por favor querido, reveja seus conceitos, se não fica feio...abraços, Lília Campos rsrsrsrsr

    ResponderExcluir
  10. Completando o meu comentário Dr. Áureo é comum na sua idade os homens que não tiveram educação doméstica das suas mamães coroas, pois isto não se aprende ralando a bunda em cadeiras de ensino formal,com títulos ou viagens ao exterior, pois isto como disse é formação de CARÁTER, trocar as suas amadas de 50 por duas de 25 fácil não? pois assim quando vão ficando coroas (adorei esta palavra!)se auto afirmam ou se enganam achando-se mais viril. Me considero uma mulher de sorte pois além de ter um marido inteligente há 26 anos ele ainda se encanta comigo, pois a genética com licença dos invejosos me foi extremamente favorável e o amor cresce todos os dias afinal ele aprendeu com sua mãe coroa a ser Homem e ter gentileza com as mulheres, e eu aprendi com a minha mamãe a não achar nem um pouco engraçadinho os homens de brincadeiras grosseiras. Lília Campos

    ResponderExcluir
  11. Lília,
    Minha mãe é uma mulher maravilhosa e há mtos anos brinco com ela chamando-a de Coroa Velha. Isso é apenas uma brincadeira, que ela gosta mto e ri de mim (ela tem 90 anos). Sou casado com uma mulher maravilhosa e linda, que acaba de apresentar sua dissertação de mestrado e fiquei sumamente orgulhoso por ser seu marido e companheiro. Amo-a e para mim é uma honra estar com ela.
    Sinto se minhas palavras a ofenderam. Não foi minha intenção atingir às mulheres.
    Receba um abraço,

    ResponderExcluir
  12. Caro Áureo,não tenho dúvidas de que sua mãe é maravilhosa, a maioria das mães o são 90anos vividos!Com relação e ela rir de vc. a chamar de coroa velha, com toda a certeza, ela engoliu por seu amor maternal pois nenhuma mulher que se preze gosta destes apelidinhos bizarros. Assim como ninguém gosta de ser chamado dos clássicos apelidos pejorativos de gordo,magricela,branquelo, amarelo e outros afins. Que bom prá vc. que tenha um bom relacionamento, quanto a dissertação dela de mestrado que vc.quis me informar espero que sirva para servir mais a humanidade que é o que acho que vcs se propõem. Não tenho haver com isto. Lília Campos

    ResponderExcluir