segunda-feira, 8 de março de 2010

EU VI A NEBULOSA DE ÓRION!

No fim de semana de 5,6 e 7 de março tivemos aqui no Vale a Primeira Jornada de Astronomia do Vale do Capão. Foi organizado pelo ICEP – Instituto Chapada de Educação e Pesquisa, que contatou o Observatório Antares e o CAFS, um grupo de astrônomos amadores de Feira de Santana, que tem ligação com a UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana). Vieram um professor da universidade, vários físicos e astrônomos amadores, que nos brindaram com palestras, planetário inflável e observação com telescópios. A parte dos telescópios foi prejudicada por causa das chuvas, mesmo assim, tive a oportunidade (juntamente com outras pessoas) de ver a nebulosa que está na constelação de Órion. Apenas uma mancha no céu, é verdade, mas que emoção! Vivemos em um mundo aonde o conhecimento chega a nós com muita facilidade, mas é sempre renovada a felicidade de encontra-lo. Acredito que a alegria que tive, a curiosidade e a sede de saber, semelhavam àquelas que moveram Galileu e outros pesquisadores no passado.
Inda mais, quando sabemos hoje que somos feitos do pó das estrelas.
As estrelas, isso nos ensinou o professor Zé Carlos, quando maduras e faltando-lhes combustível explodem, espalhando moléculas por toda parte. Quando jovens são constituídas principalmente de Hidrogênio. Quando, na enorme gravidade presente no interior das estrelas, os núcleos deste gás se unem entre si, formam Hélio e como subprodutos desta fusão nuclear é a luz e o calor, que, vindos do sol, tanto nutrem o nosso planeta. Com a passagem de milhões de anos, o Hidrogênio começa a faltar e as estrelas fundem núcleos de Hélio com hidrogênio ou Hélio com Hélio formando novas substâncias, como o tão necessário Carbono. Na explosão da senilidade estelar os elementos se espalham pelo universo e em algum momento fecundam outras estrelas e planetas. Por isso afirmei que somos feitos do pó das estrelas.
Imagine que a matéria de que você, leitor, está feito, foi fraguada nas forjas estelares há milhões de anos. Como teria sido o percurso deles, antes que se reunissem em seu corpo? E qual será o seu destino no perpassar dos milênios vindouros?
Pode parecer demais, mas me dá uma sensação de grandeza humilde quando penso nisso.
Somos um muito bem especial e grande nessa coisa tão pequena diante da grandeza de tudo. Como, aliás, tudo o demais.
Recebam um abração estelar,
Aureo Augusto

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